Set Fire - Cap.3

Levei um tempo para processar aquilo certinho na minha cabeça, então o deus grego, filhinho da simpática Pattie, também não está gostando nadinha desse romance. Agora tudo ficaria melhor, mais uma cabeça, mais idéia, planos e BOOHM.

Olhei diretamente para ele, ainda não acreditando muito no que tinha acabado de ouvir.

-Então... –ainda não estava acreditando - Você não quer vê-los junto?

Eu ia tirar a minha da reta, ainda não sei se posso confiar nele, mais também não há duvidas de que Pattie já tenha percebido que a presença dela e do seu filhinho aqui não me agrada muito, mas mesmo assim é sempre bom esconder.

-Não gosto, e não queria ter que vê minha mãe se casando. – ele tomou um pouco da coca que tinha em seu copo – Entende? Eu cuido da minha mãe já sou maior de idade, e seria horrível ter outro homem dentro da nossa casa.

-Então você planeja separa-los? – perguntei jogando verde

Ele olhou pra mim como se eu fosse um monstro de sete cabeças, e depois deu mais uma mordida em sua pizza.

-Claro que não, você é louca?

Olhei indignada para ele.

-NÃO, só te perguntei.

-Eu não disse que planejo separa-los, disse que não gosto deles junto, mas se minha mãe esta feliz, pra mim tudo bem, também estava enjoado daquela cidade pequena preciso de uma cidade grande como essa.

Droga pensamento errados mais uma vez, to vendo que estou sozinha nessa mais uma vez.

-Então... Você ta gostando daqui? – perguntei e depois dei uma mordida na minha pizza

-Por enquanto só tem um problema, o resto ta ótimo. – ele eu um sorriso de canto

-Ah é? E qual é esse problema?

-Você. – ele ergueu uma sobrancelha e depois deu aquele sorrisinho

Aff que menino ridículo, quando tava pensando que dava pra ter uma conversa de gente, ele vem querer se achar e fala que o problema sou eu, ah to vendo que tenho que pensar em um plano muito rápido.

Como já tinha terminado meu pedaço de pizza, coloquei o prato na pia, e fui em direção as escadas que dava aos quarto, antes de subir parei no primeiro degrau olhei pra trás.

-A louça é sou, visitas educadas costumam fazer isso. – depois subi

Deitei na minha cama, e tentei pensar em como fazer para meu pai tirar essa coisa louca de se casa da cabeça, fazer Pattie pensar que papai é um completo ciumento não daria muito certo, eles se conhecem e vão sair bastante junto ela vai perceber que ele é totalmente diferente. Fazer ela se irritar comigo e depois falar pro papai que ela me bateu não da certo, porque ela realmente não tem cara disso, ela na verdade tem cara de ser a pessoa mais honesta desse mundo. Só se eu fizer eles se irritarem um com o outro.

***

-Mel! – alguém me cutucou – Melanie acorda!

-Huuuum. – murmurei

-Mel acorda vamos. – era papai

Abri meus olhos e aos poucos enxerguei papai e Pattie em pé do lado da minha cama.

-Que? – murmurei mais uma vez

-Você sabe pra onde Justin foi?

Pensei se eu sabia aonde ele podia estar, se ele não está no quarto dele com é que vou saber onde ele está se eu estava dormindo.

-Não sei, eu to dormindo. – disse cobrindo minha cabeça com o cobertor

-Mel, por favor. – papai puxou minha coberta descobrindo meu rosto. – Não sabemos onde Justin está.

- E? – bufei – liga pro celular dele pai.

-Nós já tentamos. – disse a mamãe simpática

- E como eu vou saber onde ele ta? – disse me sentando na cama, tinha perdido o sono.

-Mel, você conhece os lugarzinhos onde ele pode ta. – meu pai insistia.

-Então vocês querem que eu o procure por todos os barzinhos da cidade? – olhei pra eles já irritada – Ele sabe volta sozinho.

-Pattie me desculpa por ela, vamos, eu vou atrás dele e você fica ai tentando ligar pra ele. – meu pai disse enquanto sai do quarto

Porque tanta preocupação assim? O menino já é maior de idade e se saiu daqui é porque sabe volta. Olhei no relógio para ver o horário 05:20 da manhã, esse menino é louco. E o que Pattie e papai estão fazendo acordados e vestidos com a mesma roupa que saíram até agora? Levantei da cama, quando cheguei na sala vi Pattie sentada no sofá e ligando sem parar para o celular do Justin, me sentei ao lado dela, vi ela desviando um pouco o olhar do telefone para mim.

-Ele vai voltar. – disse tentando acalma-la

-É que ele não é acostumado com Nova York, a gente é de uma cidade bem pequena, e eu tenho medo dele se perder. – vi os olhos dela ficarem vermelhos por causa das lagrimas.

Ela tava chorando ali na minha frente parecia tão sensível, confesso que me deu uma dó dela.

-Onde ta meu pai?

-Pegando a chave do carro. – ela disse soluçando um pouco

-PAI! – gritei-o

Levantei do sofá e fui até a cozinha onde ele normalmente deixava as chaves, mas ele não estava lá, então corri, para garagem, tinha que pega-lo antes que ele saísse, ele tinha que ficar aqui com a Pattie.

-PAI! – gritei assim que cheguei em frente a garagem

-Mel? – ele disse abrindo a porto da carro e descendo – Que foi?

-Eu vou atrás dele, você fica ai com a Pattie. – olhei pro chão

-Essa é a Mel que conheço, então leva o celular qualquer coisa eu ligo.

-O meu ta lá em cima. – me referi ao meu quarto

-Então leva o meu, vai logo, mais tome cuidado. – ele se importava mesmo com isso

Olhei pra ele e dei um sorrisinho.

-Pai, a chave. – pisquei pra ele

Papai me entregou a chave e me deu um beijo no rosto. Entrei no carro e de partida, Não seria fácil achar Justin, porque existem tantos lugares noturnos que ele pode estar, mas se bem que ele deve ter pegado um táxi e deve ter indo em algum dos lugares mais famosos.

Passei por dois dos lugares famosos, e ele não estava lá, mais o pior de tudo era que tive que agüentar o povo mexendo comigo porque eu estava de pijamas e com minha pantufa de coelho. Justin me paga.

Engraçado meu pai devia amar mesmo Pattie, ele parecia tão preocupado enquanto me entregava a chave e falava para eu tomar cuidado, ele ta apaixonado por ela.

Estava a caminho de mais uma balada noturna quando passo em frente ah um casarão, que estava lotado de gente fazendo a festa, bebendo e sei lá mais o que.

-Será que ele pode estar aqui? – falei pra mim

Decidi ir ver se ele estava ali naquela festinha, pelo que percebi durante uns cinco minutos que fiquei ali na frente, qualquer um entrava, não estavam perguntando nomes nem nada e nem tinha segurança. Bom essa é minha hora, entrei naquela casa, estava lotada e eu como sou meio baixa ficava perdida, olhava em volta e andava pra lá e pra cá, tudo que eu via eram pessoas estranhas me olhando com caras estranha, qual é o problema será que nunca viram um pijama na vida deles. Pelo que percebi estava no quintal dos fundos da casa, tinha uma piscina enorme algumas pessoas estavam lá dentro, mas tinha mais gente mesmo do lado de fora, olhei pro outro lado da piscina, passei meu olhar por muitos meninos, até que.

-Será?

Fui andando na direção daquele menino que eu achava que era o Justin, ele tava agarrado numa loira oxigenada, parecia que os dois iriam se engolir, tava até nojento aquilo. Me aproximei mais e vi que era ele, eu tava chegando mais perto pra começar a puxa-lo pelos cabelos até o carro e depois matar ele, por ter feito isso, fugido de casa, e ter ficado se agarrando com essa loira nojenta, ela nem era bonita, era um dragão.

Quando senti alguém chegar por trás de mim.

-TA NA HORA DE ALGUÉM ACORDAR! – senti alguém colocando as mão na minha cintura

-QUE? –gritei

Quando fui virar para ver que era o idiota, ele me pegou no colo, e começou a girar falando.

-Vamos acorda, vamos pra piscina!

Eu já estava tonta, escutei todos em volta começarem a gritar “piscina, piscina, piscina!”. Eu comecei a me rebater, tentando fazer esse maluco me colocar no chão.

-NÃO, NÃO! – eu gritava

-PISCINA, PISICNA. – o povo gritava

O idiota até que enfim parou de rodar, e foi se aproximando da piscina, ele ia me jogar na piscina.

-PARA! NÃO! – eu continuava gritando

-A COLOCA NO CHÃO! – escutei uma voz meio reconhecida

O idiota que me segura no colo perguntou.

-Por quê? – ele riu

-PORQUE ELA É MINHA IRMÃ!

Antes aquele idiota que tava me rodando nem tinha olhado pra ver com quem tava falando mais depois olhou pra trás, depois me colocou no chão pediu desculpas e todos que estavam olhando voltaram a dançar conforme a musica.

-Melanie? – Justin veio se aproximando de mim – você está bem?

Não ia respondê-lo depois do que ele me fez passar.

-Vem vamos sair daqui. – ele disse colocando o braço ao redor dos meus ombros para me guiar.

Chegamos lá fora Justin ficou olhando de um lado para o outro, talvez procurando um táxi, eu nem dei bola e fui direto para o carro, escutei alguns passos atrás de mim devis ser ele, entrei no carro e esperei o entrar também, ele entrou no banco de passageiro.

-Não acha melhor eu dirigir? Porque assim você...

-TA ACHANDO O QUE? –perguntei irritada

-Nada, não precisa ficar irritada.

-VOCÊ SAI SEM AVISAR SUA MÃE, FICA ATÉ ESSA HORA SUMIDO COM O CELULAR DESLIGADO, E EU SOU OBRIGADA A VIR ATRAS DE VOCÊ, É OU NÃO É PRA FICAR IRRITADA?

-Calma Melanie.

-AI EU CHEGO AQUI E VEJO VOCÊ SE AGARRANDO COM UMA LOIRA OXIGENADA.

-Melanie. – ele chamou minha atenção

Eu olhei pra ele, que se aproximou um pouco de mim, bem lentamente trouxe sua mão até meu rosto e ficou o acariciando.

-Calma. – ele olhou nos meus olhos

A se ele ta pensando que vai me deixar calma assim, se eu vou cair na dele, ta muito errado.

-Tira... Essa mão de mim. – disse me contendo pra não bater nele

Eu não sabia muito bem o que estava sentindo, se era raiva, ou se eu estava confundindo esse sentimento com a raiva, só sei que não queria estar ali agora.

-Você não abre essa boca até chegarmos em casa.

***

Escutei baterem na porta do meu quarto.

-Entra. – disse baixo

Abriram à porta e vi Justin, com aquela cara de pau.

-SAI! -gritei

-Continua!